segunda-feira, 22 de novembro de 2010


O SALTO
UM BREVE HISTÓRICO DO SALTO: A invenção do salto alto próximo ao que se conhece hoje é atribuída a Catarina de Médici. Filha de uma distinta família italiana de Florença, ela foi a Paris para se casar com o futuro Henry II da França. Por ser pequena, carregou na bagagem vários sapatos feitos por um artesão italiano com saltos que a deixava mais alta. A novidade virou moda na aristocracia francesa fazendo homens e mulheres usarem durante os séculos XVII e XVIII como uma marca de privilégio social. Só os ricos e bem nascidos podiam usá-los. Em 1800, os saltos descobriram a América, o cenário ideal para crescerem ainda mais. E o show começou nas casas suspeitas de New Orleans, que importavam garotas francesas que usavam saltos altos. O sucesso delas com os clientes foi tão grande que em 1890 a primeira fábrica de saltos de sapatos se estabeleceu em Massachusetts. O salto alto do sapato feminino alonga a perna e contribui para a valorização dessa parte do corpo. Muitas mulheres costumam associar o uso de saltos altos que podem chegar até 15cm ou mais, a uma sensação de maior confiança e sensualidade. A associação com o sensual talvez venha do fato das cortesãs japonesas que usavam tamancos com quase trinta centímetros de altura. Os historiadores também acreditam que as prostitutas na Roma antiga se distinguiam das outras mulheres calçando saltos altíssimos. No teatro grego, serviam para mostrar a graduação social dos personagens. Quanto mais altos, mais importante era a figura.

TIPOS DE SALTOS:Anabela: Originado entre os anos 30 e 40, o salto Anabela começa alto no calcanhar e diminui, gradualmente, até a parte dianteira do pé. Possuí inúmeras variações de altura no calcanhar e reaparece com grande freqüência no cenário da moda. Carrapeta: Tipo de salto largo, inclinado para dentro e adaptado aos mocassins e botinhas tipo Beatles, característico dos anos 60, adotado por grande parte da juventude brasileira. Luís XV: Tipo de salto de sapato, largo na base e acinturado no meio, adotado no período do reino de Luís XV (1715 – 1774) na França. Plataforma: O solado plataforma pode ser interiço e totalmente plano ou interiço e levemente arqueado no meio. Pode, ainda, ser formado por um salto e um soldo espesso que acompanha todo o arco do pé e termina na frente do calçado. Já outra versão, conhecida por meia-pata, é composta por um grande salto, sola com espessura normal na altura do arco do pé e parte frontal mais alta. Além das plataformas usadas pelas cortesãs venezianas no século XVI, conhecidas por chapins, pode-se dizer que sapatos e sandálias com plataforma começaram a ser mais usados no século XX, a partir do final dos anos 30, tiveram o seu ápice nos anos 40 e voltaram à cena da moda em plena era Disco, nos anos 70. O solado plataforma já foi fabricado em cortiça aparente ou em madeira e já foi revestido por fios naturais, veludo, seda, plástico e couro. A versão com camadas superpostas de cortiça, no final dos anos 30, foi uma das mais famosas entre modelos criados. Sabrina: O pequeno salto recebeu este nome depois de sua aparição em 1954, no filme Sabrina onde a atriz Audrey Hepburn protagonizava a personagem. Não deve passar dos cinco centímetros de altura, deve ser fino e ter o cabedal delicado. Stiletto: O salto stiletto, também conhecido por salto agulha ou salto lápis, originou-se no início dos anos 50 na Itália e, na época, era confeccionado em madeira e reforçado por uma liga metálica no interior. Nos anos 60, um plástico resistente foi o substituto escolhido para o uso do salto. No pós-guerra, era o complemento ideal para os elegantes tailleurs, e sua altura poderia atingir até 9 centímetros. Embora tal medida tenha sido alvo de muitas críticas à época, o stiletto já chegou aos 12 centímetros no final do século XX e início do século XXI.





















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